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Arrastão em concessionária: MP não apresenta denúncia e Justiça decide soltar sete suspeitos

No entendimento da juíza, o período que os investigados estão submetidos ao cárcere "já supera, em muito, o prazo legal fixado

Arrastão em concessionária: MP não apresenta denúncia e Justiça decide soltar sete suspeitos
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A Justiça decidiu relaxar as prisões de sete suspeitos de participar do  arrastão em uma concessionária de Fortaleza. A decisão foi proferida na 11ª Vara Criminal, no último dia 23 de março de 2023 e está baseada nas prisões terem ultrapassado um mês sem que, até o momento, o Ministério Público do Ceará (MPCE) tenha oferecido a denúncia.

Foi decidido pela liberdade dos suspeitos: José Henrique de Lima Freitas, José Nilton de Freitas Filho, Antônio Clauderson Lopes dos Santos, Bruno da Silva Triunfo, Washington Alves de Albuquerque, Rafael Cavalcante Moura e Gabriel Henrique de Lima Damasceno.

O MP pediu novas diligências para apresentar ou não a denúncia, como a reinquirição do empresário vítima. No dia 21 de março, o MP ponderou que com a devolução dos autos à delegacia a prisão se tornaria ilegal por extrapolar o prazo e se posicionou pelo relaxamento da prisão dos investigados.

No entendimento da juíza, o período que os investigados estão submetidos ao cárcere "já supera, em muito, o prazo legal fixado, sendo desarrazoado que permaneçam recolhidos até eventual apresentação de denúncia".

O alvará de soltura para Gabriel Henrique de Lima ainda não foi cumprido. Só após o relaxamento da prisão, a defesa do suspeito descobriu que há um outro Gabriel Henrique de Lima Damasceno preso há quase cinco anos, no Pará.

A defesa do Gabriel, suspeito do assalto no Ceará, afirma que foi informada sobre impossibilidade do cumprimento do alvará, "em razão da existência de processos criminais". Agora, os advogados pedem a identificação civil do jovem. 

 

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Foto: Reprodução

 

"Inicialmente, acreditou-se que poderia ser mais um mero caso de homônimo, ocorre que ao pesquisar diligentemente, foi percebido o suposto Gabriel Henrique de Lima Damasceno, apresentava os mesmos dados pessoais do suplicante, restando indícios de possível falha no sistema, tendo em vista a impossibilidade de a mesma pessoa estar recolhida no estabelecimento prisional Olavo Oliveira 2 e em Recuperação Masculino Vitória do Xingu", conforme a defesa.

Cerca de 20 homens chegaram ao estabelecimento amontoados em uma caminhonete e em outros veículos, se apossaram dos 11 automóveis da loja e fugiram em seguida.

A Polícia Civil do Ceará concluiu o inquérito acerca do assalto flagrado por câmeras de segurança e indiciou 10 pessoas. No relatório, a Polícia comparou o crime ao 'Novo Cangaço', sendo invasão seguida de assalto com "grave ameaça e violência moral".

Na versão dos suspeitos presos, a sequência de cenas que mostra eles descendo da caçamba de um veículo, pegando chaves dos carros e levando os automóveis seria uma "suposta partilha de bens".

No entanto, a Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos e Cargas (DRFVC) aponta que o crime se tratou de um roubo e policiais seguem em diligências "no sentido de identificarem os demais autores do crime, os quais aparecem na filmagem divulgada pela vítima".

 
 

 

FONTE/CRÉDITOS: Diário do Nordeste
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