O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 13 investigados por tentativa de golpe de Estado têm depoimento marcado na Polícia Federal, nesta quinta-feira (22).
Os depoimentos fazem parte da operação "Tempus Veritatis", deflagrada pela PF há duas semanas. Conforme as investigações, Bolsonaro e aliados se organizaram para tentar um golpe de Estado e mantê-lo no poder, impedindo a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo informações do portal G1, foram chamados para prestar depoimentos presencialmente na sede da PF, em Brasília:
- Jair Bolsonaro (ex-presidente)
- Augusto Heleno (general e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)
- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça
- Marcelo Costa Câmara (coronel do Exército)
- Mário Fernandes (ex-ministro substituto da Secretaria-Geral da Presidência)
- Tércio Arnaud (ex-assessor de Bolsonaro)
- Almir Garnier (ex-comandante geral da Marinha)
- Valdemar Costa Neto (presidente do PL)
- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)
- Cleverson Ney Magalhães (coronel do Exército)
- Walter Souza Braga Netto (ex-ministro e ex-candidato a vice na chapa de Bolsonaro)
- Bernardo Romão Correia Neto (coronel do Exército)
- Bernardo Ferreira de Araújo Júnior.
- Ronald Ferreira de Araújo Junior (oficial do Exército)
COMO SERÃO OS DEPOIMENTOS?
Para evitar que haja qualquer combinação de depoimentos, a Polícia Federal irá ouvir todos investigados ao mesmo tempo.
Conforme o portal de notícias da TV Globo, haverá depoimentos também em outras cidades.
BOLSONARO DEVERÁ FICAR CALADO EM DEPOIMENTO, DIZ DEFESA
Segundo a defesa do ex-presidente, ele deverá ficar calado no depoimento. Nos últimos dias, os advogados pediram duas vezes acesso aos autos da investigação. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), liberou o acesso aos mandados da operação.
Os advogados do ex-presidente pediram, então, acesso às mídias digitais, como telefones, computadores e a delação do ex- ajudante ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, mas Moraes não autorizou.
Foi quando defesa disse que o ex-presidente não iria falar à PF e entrou com pedido para adiar o depoimento, negado por Alexandre de Moraes.
Nesta quarta, a defesa solicitou novamente acesso ao conteúdo das mídias. A alegação é de que é necessário "garantir a paridade de armas no procedimento investigativo".
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