Duas subvariantes de Covid-19 até então inéditas no Brasil podem ser as responsáveis pelo aumento dos casos da doença no Ceará, de acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa). As subvariantes JN.1 e BA.2.86.1 já haviam sido identificadas em outros países, mas foram identificadas pela primeira vez no território brasileiro em circulação no Ceará.
A identificação das variantes foi feita pelo Laboratório Central de Saúde Pública do Ceará (Lacen) através de amostras do vírus colhidas em testes de Covid que deram positivo. De 47 amostras colhidas em vários municípios do Ceará entre os dias 5 e 25 de novembro, 38 apontaram a presença da subvariante JN.1 e uma a presença da subvariante BA.2.86.
O período de identificação das duas subvariantes no Ceará é o mesmo em que houve o aumento de casos de Covid. Entre os dias 1º e 30 de novembro, o estado confirmou 2.809 casos positivos da doença, e a taxa de positividade dos testes feitos em laboratório chegou 34,4%. As informações foram apresentadas em coletiva Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) na sexta-feira (1º).
Inicialmente, a hipótese era que a alta do número de casos estava ligada à circulação da subvariante JG.3, que descende da variante EG.5, popularmente conhecida como Éris. O cenário, no entanto, não se confirmou, apontando, na verdade, a predominância da JN.1.
Desde setembro, a subvariante JN.1 é classificada como "sob investigação" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Esta subvariante descende da variante Pirola, que por sua vez é descendente da variante Ômicron. Conforme monitoramento da Secretaria de Saúde, a JN.1 já foi identificada em várias cidades cearenses, o que indica que ela já se difundiu pelo estado.
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