Emanuelly nasceu com 335 gramas e 25 centímetros. Foi o menor bebê já registrado em um hospital público dentro do Brasil. A menina nasceu no hospital municipal Vila Santa Catarina, em São Paulo.
Camila Soares, a mãe, chegou ao hospital com seis meses de gravidez e pressão alta. Ela corria risco - e a bebê também. Na tentativa de conter a pressão alta, a equipe médica verificou que a circulação placentária do bebê já não recebia os nutrientes de forma adequada.
O parto precisava ser feito com urgência. A gestação estava em 26 semanas e dois dias. A bebê estava prematura.
“Quando minha filha nasceu, a chance dela sobreviver era 2%. Nos sete primeiros dias, a gente não pode mexer”, relembra a mãe.
O primeiro desafio era entubar a bebê com uma cânula bem pequena, que não está disponível no SUS, para fazer a neném respirar. O equipamento veio de um hospital particular. Depois, ventiladores com precisão exata para não machucar a bebê. Como o aparelho digestivo não estava formado, alimentação foi por veia.
Após um mês, a mãe pode segurar a filha no colo.
“Dava para sentir aquele coraçãozinho batendo. Eu perdi meu primeiro filho. Depois, engravidei de novo, perdi de novo. Até vir a Manu. Eu consegui lidar com tudo isso pela força dela de sobreviver”, resume a mãe.
Durante cinco meses, a bebê ficou nas mãos de um batalhão de profissionais da saúde e, para deixar o hospital, ela precisou atingir os 2,340 kg e medir 43 cm. Emanuelly é acompanhada por neurologista, por oftalmologista e tudo nela vem evoluindo muito bem.
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