As brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía, presas injustamente na Alemanha por tráfico internacional de drogas, chegaram ao Brasil nesta sexta-feira (14). Em vídeo gravado após o desembarque no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, elas agradeceram o empenho das autoridades brasileiras na elucidação do caso.
Elas foram detidas em 5 de março no aeroporto com destino a Berlim e estavam presas há quase um mês após terem as etiquetas das malas trocadas, segundo a Polícia Federal.
"Nós ficamos sabendo que vocês estavam torcendo muito por nós durante esse período, essas tristes páginas da nossa vida. (…) Eu falei para os colegas de vocês que nos receberam já com esse calor que o brasileiro tem, que aos 44 anos de vida, e a Jeanne aos 40, vocês da Polícia Federal nos ensinaram que a polícia não só prende, mas liberta e devolve a vida", afirmou Kátyna no vídeo.
Ela definiu como "injusto" o tratamento da polícia alemã, que a forçou a pagar, junto com Jeanne, por um crime que não cometeu.
"Vocês nos trouxeram a nossa vida de volta, a nossa liberdade, o nosso direito de ir e vir, porque se fôssemos cumprir o que a legislação de lá ordenava, iríamos ficar em média quinze anos, perdendo quinze anos das nossas vidas, talvez. E não veríamos mais os nossos pais, nossos amigos e nossa pátria amada. Vocês foram anjos aqui na Terra", completou.
Jeanne mencionou que o envio dos vídeos que comprovaram a sua inocência e da amiga foi primordial para esclarecer o caso. Ela também elogiou o trabalho do Consulado do Brasil em Frankfurt e o trabalho da PF, que "agiu de forma rápida e eficiente".
"Nós sabemos que o envio desses vídeos foi fundamental para a nossa liberdade. Sem eles, nós provavelmente iríamos pagar por um crime que nós não cometemos" disse.
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