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Terça-feira, 23 de Setembro de 2025
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Julgamento de Bolsonaro no STF será retomado nesta terça (9); entenda processo

Ex-presidente é réu por liderar organização criminosa que articulou trama golpista

Julgamento de Bolsonaro no STF será retomado nesta terça (9); entenda processo
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O julgamento que decidirá se condena ou absolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os outros sete réus que compõem o “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado de 2022 será retomado nesta terça-feira (9), a partir de 9 horas, no Supremo Tribunal Federal (STF).

A previsão é de que, até sexta-feira (12), os ministros da Primeira Turma deem seus votos e decidam o futuro do grupo, composto, ainda, por militares, por ex-ministros de Estado e pelo ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, autor da delação premiada que embasou parte da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

RELEMBRE QUEM SÃO OS RÉUS DO ‘NÚCLEO CRUCIAL’ DA TRAMA GOLPISTA 

  1. Jair Bolsonaro: ex-presidente da República;
  2. Alexandre Ramagem: ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  3. Almir Garnier: ex-comandante da Marinha;
  4. Anderson Torres: ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
  5. Augusto Heleno: ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  6. Paulo Sérgio Nogueira: ex-ministro da Defesa;
  7. Walter Braga Netto: ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022;
  8. Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. 

RELEMBRE A PRIMEIRA PARTE DO JULGAMENTO

O julgamento teve início na semana passada, quando foram ouvidos o relator do processo no Supremo, o ministro Alexandre de Moraes, e os argumentos da acusação, representada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet — que é favorável à condenação de todos.

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"A história nos ensina que a impunidade, a omissão e a covardia não são opções para a pacificação. A pacificação do País, que é o desejo de todos nós, depende do respeito à Constituição, da aplicação das leis e do fortalecimento das instituições", alegou Moraes em seu discurso, adiantando que o parecer da relatoria também deve ser favorável à condenação.

 

Alexandre de Moraes durante julgamento no STF
Legenda: O ministro Alexandre de Moraes é o relator do processo no STF
Foto: Fellipe Sampaio /STF

 

"Não há como negar fatos praticados publicamente, planos apreendidos, diálogos documentados e bens públicos deteriorados", acrescentou Gonet.

Depois, em um processo que durou dois dias, foram expostos os últimos argumentos da defesa. Na oportunidade, muitos dos advogados se limitaram a negar ou a tentar diminuir a participação dos réus na trama golpista, enquanto outros escolheram atacar o ministro relator — como no caso do defensor do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI — ou alegar defesa culpando outros no processo — como fez o criminalista Andrew Farias, representante do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa.

MORAES PEDIU SESSÕES EXTRAS PARA ESTA SEMANA

A princípio, os ministros se reuniriam apenas nesta terça, na quarta (10) e na sexta-feira (12) para concluir o julgamento, mas, a pedido do ministro Alexandre de Moraes, o presidente da Primeira Turma do STF, Cristiano Zanin, concedeu duas sessões extraordinárias na quinta (11) para que os julgadores se aprofundem na discussão da ação penal 2668.

A votação deve ser iniciada com o parecer do relator, seguido dos demais integrantes do colegiado, nesta ordem:

  • Flávio Dino;
  • Luiz Fux;
  • Cármen Lúcia;
  • Cristiano Zanin. 

Se três ministros votarem pela condenação ou pela absolvição, o STF já terá maioria para resolver o caso. 

CONFIRA AS DATAS E OS HORÁRIOS DO JULGAMENTO DURANTE ESTA SEMANA 

  • Terça-feira (9): 9h às 12h e das 14h às 19h
  • Quarta-feira (10): 9h às 12h
  • Quinta-feira (11): 9h às 12h e das 14h às 19h
  • Sexta-feira (12): 9h às 12h e das 14h às 19h 

QUAIS SÃO AS ACUSAÇÕES CONTRA O ‘NÚCLEO CRUCIAL’? 

Na denúncia apresentada ao STF, a PGR aponta que os réus participaram da elaboração de um plano que previa o sequestro e o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes. 

 

Paulo Gonet durante sessão no STF
Legenda: Paulo Gonet é o procurador-geral da República
Foto: Fellipe Sampaio /STF

 

Além disso, a acusação aponta que os envolvidos produziram uma “minuta de golpe” com o objetivo de decretar medidas de exceção no Brasil para tentar reverter o resultado das eleições gerais de 2022, impedir a posse de Lula e garantir que Bolsonaro seguisse no poder. 

Outro fato que norteia o julgamento é o suposto envolvimento dos réus nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação de instituições públicas na Praça dos Três Poderes, em Brasília. 

O QUE ESTÁ EM JULGAMENTO?

O STF julga a ação penal 2668, que trata da denúncia oferecida pela PGR. São acusados 31 réus, divididos em quatro núcleos:

  • Núcleo 1: envolve oito réus, incluindo Bolsonaro, e é considerado o núcleo "central" ou "crucial" da articulação golpista.
  • Núcleo 2: conta com seis réus que são acusados de disseminar informações falsas e ataques a instituições democráticas.
  • Núcleo 3: é formado por dez réus associados a ataques ao sistema eleitoral e à preparação da ruptura institucional.
  • Núcleo 4: sete réus serão julgados por propagação de desinformação e incitação de ataques às instituições.

OS RÉUS PODERÃO RECORRER?

Caso a votação termine em 4x1 para a condenação, Bolsonaro e os outros acusados poderão utilizar mais um recurso para evitar a prisão. O mecanismo, no entanto, também será analisado pela Primeira Turma do STF. 

Com a publicação do acórdão, as defesas poderão apresentar “embargos de declaração” e solicitar o esclarecimento de omissões e contradições no texto final do julgamento. 

Já para conseguir que o processo seja julgado novamente, os réus precisam de ao menos dois votos pela absolvição. 

FONTE/CRÉDITOS: Diário do Nordeste
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